Como surgiu a idéia...

Em 2009, eu recebi um desafio de iniciar pianisticamente crianças de 6 anos que vinham do curso de  Musicalização Infantil. Esse curso é ministrado para crianças a partir de 4 anos dentro do Conservatório de Tatuí, onde desenvolvo meu trabalho.

Na época eu estava frequentando o Curso de Musicalização para Educadores no mesmo conservatório, (o qual recomento para todos, pois o curso é ótimo) e pensei em fazer um elo entre o que os alunos aprendiam lá, dando assim continuidade ao processo de ensino, no meu instrumento, que é o piano.

Essa minha abordagem deu certo!

As crianças de hoje já trazem um diferencial em sua forma de ser, são mais ágeis e dinâmicas, o que faz com que tenhamos que apresentar materiais que prendam sua atenção e que promovam o aprendizado de uma maneira lúdica e prazerosa. 

Conheci alguns jogos pedagógicos e comecei a trabalhar com eles durante o período da aula. Esses jogos foram ferramentas poderosas para ajudar no aprendizado. Tinha que ser algo concreto e dessa forma as aulas se tornavam mais criativas e instrutivas e o aprendizado dos alunos se desenvolvia com grande eficácia.

Então comecei a pesquisar estratégias e as transformava em jogos, sempre em função da necessidade dos alunos diante das inúmeras informações do código musical que elas precisam dominar ao tocar o instrumento, no nosso caso, o piano. Entretanto, essa abordagem pode ser utilizada para todos os instrumentos e para alunos iniciantes, não importando a idade.

Nós educadores temos que estar atentos e pensar que hoje em dia, estamos competindo no ensino da música. No passado era com a natação, inglês, pintura, mas hoje competimos também com a tecnologia, à qual desde cedo as crianças estão tendo acesso. E nós temos que ganhar tempo, pois é uma competição muito desigual, e como educadores, temos a responsabilidade de fornecer aulas em que os alunos tenham interesse e prazer, tenham acesso a materiais que desenvolvam suas habilidades psicomotoras.

Com estes materiais pesquisados e desenvolvidos, observei que meus alunos tinham prazer em voltar para a aula seguinte, pois as aulas eram dinâmicas e deixavam sempre um gostinho de quero mais!

Foi um sucesso!!!  O primeiro retorno foi dos próprios alunos, mas também tenho o retorno de pais, avós, tios que levam as crianças para as aulas e comentam comigo que eles ficam contando os dias para voltar na aula seguinte.

Meu desejo é compartilhar com vocês esse material que foi testado não só por mim, mas também por colegas de trabalho e que tem tido um retorno eficaz no aprendizado dos alunos.

Bem, para encerrar quero dizer a você que a palavra chave do meu trabalho é o amor. Através do amor criamos motivação, estímulo, estabelecemos vínculos com nossos alunos, e a aula fica mais criativa. Eu entendo que quanto mais estimularmos nossos alunos, mais provocamos neles reações e respostas que se traduzem em um nível maior de aprendizado e satisfação.

Um grande abraço,

Beth